CASO LÁZARO: CASEIRO QUE AJUDOU MANÍACO E DECIDE CONTAR SUA LOCALIZAÇÃO

Os dois presos na noite dessa quinta-feira (24/6) sob acusação de darem cobertura à fuga do maníaco Lázaro Barbosa, 32 anos, vão responder, a princípio, pelos crimes de favorecimento e posse ilegal de arma de fogo. A informação foi dada ao Metrópoles na madrugada desta sexta-feira (25/6), pelo chefe do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) de Águas Lindas, delegado Cléber Martins.

Previsto no artigo 349 do Código Penal Brasileiro (CBP), o delito de favorecimento real prevê pena de 6 meses a 1 ano de cadeia, além de multa, quem “prestar a criminoso auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime”. Já o tempo de cárcere no caso de quem guarda arma de fogo sem anuência do Poder Público varia de 1 a 3 anos.

Dependendo das investigações, eles poderão ser considerados, ainda, cúmplices ou coautores dos crimes praticados por Lázaro.

As duas pessoas apontadas pela polícia que teriam dado guarida a Lázaro são Elmi Caetano Evangelista, de 74 anos; e Alain Reis de Santana, 33. O idoso é dono da chácara situada na área rural de Girassol (GO) e Alain seria o seu caseiro. Desde as prisões, que ocorreram no fim da tarde dessa quinta, a propriedade está cercada por integrantes da força-tarefa mobilizada há 17 dias na caçada ao psicopata.

Elmi foi detido por policiais penais do Distrito Federal que já haviam recebido a informação de que o serial killer estaria recebendo ajuda de moradores da região.

O idoso estava em uma Fiat Strada de cor prata e desobedeceu a ordem de parada dos agentes. Ele tentou fugir, mas acabou interceptado, detido e levado à delegacia. O carro foi apreendido e será periciado.

Já o caseiro foi detido na chácara do patrão, Elmi, por integrantes da força-tarefa liderada pelo secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda. De acordo com o chefe da pasta, um deles estaria com uma das armas que Lázaro roubou, com 50 munições, na região de Cocalzinho (GO), uma espingarda calibre 22.

Para o titular da Segurança Pública de Goiás, somente essa ajuda poderia justificar o fato de o criminoso não ter sido preso até agora.

“Sabíamos que não era normal ele conseguir fugir por tanto tempo sem ajuda, sem uma rede ajudando ele”, completou. Miranda destacou que os envolvidos estão sendo ouvidos e serão autuados por porte ilegal de armas e facilitação de fuga.

“Quem facilita vida de foragido comete crime. Desconfiamos que tem outras pessoas ajudando e vamos chegar nelas. Vamos chegar a essa rede criminosa que apoia o Lázaro”, garantiu o secretário.

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Hugo Reis

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