Caso Vitória Gabrielly: acusados de matar menina discutem em cela e fazem revelação

Os três acusados pela morte da menina Vitória Gabrielly, de 12 anos, protagonizaram uma discussão na Delegacia Seccional de Sorocaba (SP), nesta sexta-feira (20).

Júlio César de Lima Erguesse e o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes estiveram na delegacia depois de passar por exames no Instituto Médico Legal (IML) da cidade.

Enquanto aguardavam a transferência para o presídio de Tremembé (SP), Bruno e Mayara dissram que são inocentes, choraram e insistiram para Júlio falar sobre a acusação. Os três acusados ficaram em celas separadas, lado a lado.

Suspeitos são flagrados pela Globo discutindo e fazendo revelações

O repórter cinematográfico da TV TEM, Gabriel Torres, registrou a conversa que durou três minutos e meio. (Assista ao vídeo e leia a conversa abaixo)

Acusados de matar Vitória discutem em cela: ‘Gostaria que fizessem isso com sua filha?’
Fumando dentro da cela, Mayara ainda tentou tranquilizar o companheiro, dando as mãos para Bruno entre as grades e dizendo que eles vão provar serem inocentes.

Confira trechos da conversa entre os três acusados:

Bruno: A gente está orando todos os dias por essa criança.
Mayara: A gente nunca foi na cidade [Araçariguama], já foi provado isso. Sou inocente e vou provar a minha inocência. Fica tranquilo, meu amor. Fala aí, Júlio, o que você tem para falar, pelo amor de Deus! Olha o que você fez com a nossa vida, você tem filha, queria que fizesse isso com a sua filha? Mostra quem fez isso com você, meu Deus! Você está colocando nós, inocentes, na cadeia. Você está fazendo a minha família sofrer por uma coisa que eu não fiz. Abre a boca, conta quem fez isso, Júlio! Você não vai morrer, ninguém vai matar a sua família. Fala o verdadeiro culpado, eu te imploro! Eu não aguento ficar presa por uma coisa que eu não fiz. Eu te imploro, põe a mão na consciência, você sabe que não foi a gente. [chora e repete frases]
Bruno: E aí, Júlio?
Júlio: Fala, Bruno!
Bruno: É isso que você quer para a nossa vida, Júlio?
Júlio: Lógico que não, cara!
Bruno: Então fala a verdade!
Mayara: Foi ‘nós’, Júlio? É isso que você quer para a vida de quem te tratava igual irmão? Fomos nós?
Júlio: Não sei, cara.
Bruno: É ‘nós’ que estava com você? Você me viu na sexta-feira, Júlio?
Júlio: Na sexta-feira?
Bruno: É, Júlio!
Júlio: Nós ‘tava’ na vila!
Bruno: Nós ‘tava’ na vila, Júlio?
Júlio: ‘Nós ‘tava’ na vila onde a gente mora.
Bruno: Você me viu na sexta-feira, Júlio?
Júlio: Não, eu te vi quinta-feira quando você estava na obra com nós.
Bruno: Você me viu na quinta-feira! Na sexta eu tava com você? Eu sou seu irmão, eu sou a única coisa que você tem no momento. Você me viu na sexta?
Júlio: Não!
Bruno: Foi eu que ‘tava’ com você nisso daí? Fala a verdade! Eu ‘tô’ aqui para proteger você. Eu ‘tava’ com você? Na sexta-feira eu ‘tava’ com você, meu irmão? Uma pessoa que sempre te deu carinho, não precisa você falar quem estava com você, Júlio, eu ‘tava’ com você, Júlio? Fala comigo, Júlio.

Júlio parou de responder as perguntas do casal e chegou a aparecer na grade da cela, passando a mão na cabeça. Em seguida, os três seguiram com equipes do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) para a penitenciária de Tremembé.

Frieza extrema

Na denúncia do MP, à qual a TV TEM teve acesso, os promotores fundamentaram o pedido de prisão preventiva com informações sobre a personalidade dos suspeitos.

A promotoria afirma que os réus se mostram incapazes de conviver em sociedade, que têm “traços de personalidades animalescas” ao sequestrarem a menina de apenas 12 anos, e “frieza extrema” na execução do crime. Ainda conforme o documento, a menina Vitória Gabrielly foi morta pelos suspeitos para esconder o sequestro.

Qual a motivação do crime contra Vitória Gabrielly?

A polícia praticamente não tem mais dúvidas que Vitória Gabrielly foi morta mesmo por engano. Sim, a menina foi morta por dívida por drogas de parente, mas não dela. Ela foi pegar por engano no lugar de outra menina. Infelizmente a situação deixa a mãe cada vez mais cheia de pesar. Sua filha, completamente inocente, pagou por algo que nem envolvia sua família.

A primeira versão contada por Julio dava conta que havia uma dívida de drogas em outra família e o casal Mayara e Bruno, queria forçar o pagamento com o sequestro. O problema é que eles pegar a criança errada e constatado o erro, eles decidiram matar a pequena Vitória.

Mal sabiam eles que a repercussão do caso seria nacional e agora os culpados terão que pagar por muito tempo.

Passado sombrio dos suspeitos no caso Vitória Gabrielly

Segundo a polícia a mulher já havia sido presa por roubo, enquanto Bruno Marcel é acusado de tráfico de drogas na região. Apesar de não ter uma relação direta com o caso o passado dos dois, como uma das vertentes é que Vitória foi pega por engano, por dívida no tráfico de drogas, o passado de Bruno teria total relevância.

Já Julio Cesar também foi preso por posse de drogas. Ele é usuário confesso de drogas. No atual estágio da investigação, ele é a única testemunha e partícipe do crime que tem parado o Brasil. Júlio Cesar é auxiliar de pedreiro e já está preso há cerca de 15 dias.

Polícia Civil investiga morte da estudante Vitória Gabrielly (Foto: Reprodução/TV TEM)
Polícia Civil investiga morte da estudante Vitória Gabrielly (Foto: Reprodução/TV TEM)
Casal suspeito de envolvimento na morte de Vitória Gabrielly é preso em Mairinque. Araçariguama (Foto: TV TEM/Reprodução)
Casal suspeito de envolvimento na morte de Vitória Gabrielly é preso em Mairinque. Araçariguama (Foto: TV TEM/Reprodução)

 

 

Hugo

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